Alunos da FGV Direito Rio formam primeira equipe brasileira a participar da XXII edição da CEJA

Competição é organizada pela Asociación Costarricense de Derecho InterOs alunos Maria Luiza Belmiro, Maria Letícia Moderno e Matheus Tavares e o ex-aluno Vinicius Reis, da FGV Direito Rio, formaram a primeira equipe a representar o Brasil na Competencia Internacional Eduardo Jiménez de Aréchaga. O evento é organizado anualmente pela Asociación Costarricense de Derecho Internacional (ACODI) e consiste na simulação de um julgamento perante a Corte Interamericana de Direitos Humanos. A XXII edição contou com a presença de 15 equipes, representando universidades de 10 países da América Latina: Brasil, México, Colômbia, Peru, Costa Rica, Nicarágua, Guatemala, El Salvador, Venezuela e República Dominicana. A equipe da FGV Direito Rio obteve o 9º lugar geral.
A simulação, realizada integralmente em espanhol, é feita com base em um caso fictício e na alegação de um conjunto de direitos humanos potencialmente violados. A competição é realizada em duas fases: a primeira delas consiste no envio de memoriais, já a segunda é composta de rodadas orais, realizadas entre 25 e 30 de novembro na cidade de San José, Costa Rica. Cada equipe participante deve estar preparada para defender os dois lados do caso – os Estados aos quais as violações são atribuídas e as vítimas desses atos – nas duas etapas.
Para Matheus Tavares, aluno do 6º período e orador da equipe, o momento mais marcante foi ouvir da voz do próprio juiz Eduardo Ferrer Mac-Gregor, presidente da Corte Interamericana, um especial parabéns à equipe. “Ele nos parabenizou por sermos os primeiros brasileiros a participarem da competição e aceitar o desafio de sustentar em espanhol. O juiz ainda ressaltou a importância de escolas brasileiras participarem da competição como um passo para a efetivação dos Direitos Humanos no Continente Americano”, relembra.
Já Maria Letícia Moderno, do 6º período, que também atuou como oradora, conta que se sentiu muito bem acolhida em um ambiente que, a princípio, seria de competição. “Era um ambiente de aprendizado e de crescimento conjunto de todos os participantes. Todos estavam muito felizes por estarmos ali representando o Brasil pela primeira vez. Existe uma visão de que o Brasil não pertence à comunidade latinoamericana e essa experiência me fez ter certeza de que essa perspectiva é equivocada. Dividir momentos tão bonitos e desafiadores com pessoas com histórias de vida de superação me faz acreditar no futuro da nossa região na luta pelos direitos humanos”, conclui.